Decerto, todos já ouviram falar sobre preservação do planeta e do meio ambiente. Porém, será que, preservar o planeta vale a pena?

Quantos esforços diários para ajudar na reciclagem e na proteção e preservação do Planeta. Muitas vezes este assunto se torna chato, pois, pode parecer que tudo se tornou algo extremamente agressivo ao meio ambiente! O velho canudinho de plástico não deve ser mais usado, bem como a sacola de supermercado, deve ser evitada ao máximo e também temos que separar o lixo, reciclar! Nossa… quanta coisa para se fazer.

Vamos então pra uma reflexão?  

Reflexão de Carl Sagan sobre a preservação do planeta

O texto abaixo é de Carl Sagan: O pálido Ponto Azul.

“A espaçonave estava bem longe de casa. Eu pensei que seria uma boa ideia, logo depois de Saturno, fazer ela dar uma ultima olhada em direção de casa.

 De saturno, a Terra apareceria muito pequena para a Voyager apanhar qualquer detalhe, nosso planeta seria apenas um ponto de luz, um “pixel” solitário, dificilmente distinguível de muitos outros pontos de luz que a Voyager avistaria: Planetas vizinhos, sóis distantes. Mas justamente por causa dessa imprecisão de nosso mundo assim revelado valeria a pena ter tal fotografia.

Já havia sido bem entendido por cientistas e filósofos da antiguidade clássica, que a Terra era um mero ponto de luz em um vasto cosmos circundante, mas ninguém jamais a tinha visto assim. Aqui estava nossa primeira chance, e talvez a nossa última nas próximas décadas.

Então, aqui está – um mosaico quadriculado estendido em cima dos planetas, e um fundo pontilhado de estrelas distantes. Por causa do reflexo da luz do sol na espaçonave, a Terra parece estar apoiada em um raio de sol. Como se houvesse alguma importância especial para esse pequeno mundo, mas é apenas um acidente de geometria e ótica. Não há nenhum sinal de humanos nessa foto. Nem nossas modificações da superfície da Terra, nem nossas maquinas, nem nós mesmos. Desse ponto de vista, nossa obsessão com nacionalismo não aparece em evidencia. Nós somos muito pequenos. Na escala dos mundos, humanos são irrelevantes, uma fina película de vida num obscuro e solitário torrão de rocha e metal.”

Terra, nosso lar.

Considere novamente esse ponto. É aqui. É nosso lar. Somos nós. Nele, todos que você ama, todos que você conhece, todos de quem você já ouviu falar, todo ser humano que já existiu, viveram suas vidas. A totalidade de nossas alegrias e sofrimentos, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e saqueador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e plebeu, cada casal apaixonado, cada mãe e pai, cada crianças esperançosas, inventores e exploradores, cada educador, cada político corrupto, cada “superstar”, cada “lidere supremo”, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali, em um grão de poeira suspenso em um raio de sol.

A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pense nas infindáveis crueldades infringidas pelos habitantes de um canto desse pixel, nos quase imperceptíveis habitantes de um outro canto, o quão frequentemente seus malentendidos, o quanto sua ânsia por se matarem, e o quão fervorosamente eles se odeiam. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, em sua gloria e triunfo, eles pudessem se tornar os mestres momentâneos de uma fração de um ponto. Nossas atitudes, nossa imaginaria auto-importancia, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no Universo, é desafiada por esse pálido ponto de luz.

Existem outros planetas habitados?

Nosso planeta é um espécime solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda essa vastidão, não há nenhum indício que ajuda possa vir de outro lugar para nos salvar de nós mesmos. A Terra é o único mundo conhecido até agora que sustenta vida. Não há lugar nenhum, no qual nossa espécie possa migrar, visitar ou talvez se estabelecer. Goste ou não, por enquanto, a terra é onde estamos estabelecidos.

Foi dito que a astronomia é uma experiência que traz humildade e constrói o caráter. Talvez, não haja melhor demonstração das tolices e vaidades humanas que essa imagem distante do nosso pequeno mundo. Ela enfatiza nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros, e de preservar e estimar o único lar que nós conhecemos… o pálido ponto azul.

O que podemos concluir

Então, depois desta reflexão, parece que não temos muita escolha, não é mesmo? Em suma, caso a humanidade não cuide melhor do planeta, é bem possível que percamos este lugar que chamamos de lar. Fizemos a bagunça, agora é hora de limpar e deixar a casa pronta para receber as novas gerações. Por outro lado, continuar usando os recursos e a energia deste planeta, de forma tão errada, pode ser que não tenhamos uma nova chance.

A busca pela sustentabilidade tem que ser constante, um passo de cada vez, mas, sem parar!

E você, o que pensa sobre o assunto? Conte para nós, aqui em baixo, nos comentários. Fique de olho no Blog!