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Aos poucos, o mundo vai se conscientizando e deixando de ser tão cruel, uma prova disso foi a China que, recentemente, baniu completamente todas as fábricas e lojas que produziam e comercializavam produtos com marfim dentro de seu território.

A histórica medida chinesa foi confirmada pela WildAid (organização ambiental com sede em São Francisco) e estava prevista desde 2015, quando os primeiros estabelecimentos começaram a ser fechados no país. Vale lembrar que, até então, a China ocupava o posto de maior mercado de marfim doméstico do mundo.

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Também é interessante pontuar que essa decisão demonstra que o país asiático está mais preocupado com o meio ambiente do que os EUA e o Brasil, por exemplo, que parecem ignorar as questões da vida animal e da sustentabilidade com tantas aprovações de agrotóxicos e liberações de áreas para desmatamentos.

A propósito, a estimativa é de que 33 mil elefantes eram sacrificados anualmente para atender o comércio de marfim – média de um animal morto à cada 15 minutos. A decisão de interromper tamanha crueldade partiu do Presidente Xi Jinping e tem gerados diversas discussões dentro do continente asiático: enquanto Hong Kong e Taiwan pretendem banir o comércio de marfim até 2020, o Japão, 5º maior país do mundo, se mantém resistente.

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Nos últimos anos, diversas celebridades se manifestaram contra o comércio de marfim, como Príncipe William, o jogador de futebol David Beckham, a atriz LupitaNyong’o e o ator Leonardo de Caprio. Diretamente ligado à escravidão animal, o mercado de marfim, fez com que a população de elefantes no mundo fosse reduzida de 10 milhões para apenas 400 mil animais.

Se você se assustou com as informações, saiba que os dados divulgados pela União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) são ainda mais alarmantes. De acordo com levantamento realizado pela organização, em 1979, a população de elefantes africanos da floresta e de elefantes africanos da savana estava na casa dos 1,3 milhões. Já em 2013, após 34 anos, o número de animais foi drasticamente reduzido a 710 mil.

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Desde então, a luta contra a extração do marfim de elefantes vivos se intensificou por conta das ações de organizações como a própria IUCN e o Greenpeace, que pressionaram os governos dos países africanos para que eles aumentassem a vigilância e a punição para caçadores de elefantes.

Além disso, a queda no preço do marfim, provavelmente motivada por fatores ambientais, passou a desencorajar o comércio ilegal. Prova disso é o recente relatório publicado pela Save The Elephants, que apontou que o preço no atacado das presas de Marfim em território chinês caiu para US$ 730 por quilo, um declínio muito significado se comparado aos números de 2014, período em que o marfim valia, em média, US$ 2.100.

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Em geral, a junção desses dados nos mostra o quanto as campanhas de conscientização e sensibilização rendem bons frutos, afinal, foram essas ações que informaram aos amantes do marfim o que as suas compras significavam, não só para os elefantes, como também para a natureza de maneira integral.

Até o momento, das 34 fábricas existentes da china, doze foram fechadas, destas, dez também vendiam produtos. Ademais, 45 dos 130 pontos de vendas licenciados já foram previamente avisados sobre o fechamento obrigatório.

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Embora o cumprimento da promessa tenha sido realizado com dois anos de atraso, não podemos negar que essa é uma ótima notícia para os 30 mil elefantes mortos todos os anos por conta de suas presas. Além disso, essas e outras transformações, nos mostram que a humanidade não está totalmente perdida, e, que, por mais que seja difícil, ter fé em uma sociedade mais justa, igualitária e respeitosa, ainda é possível.

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