O alerta sobre a quantidade exorbitante de plástico produzido pelo homem já foi dado há algum tempo, mas, nada tem sido feito para contornar essa situação, principalmente, no Brasil, um grande exemplo disso é o relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza). Publicado no dia 6 de março, o estudo reforçou, além de outros pontos, a urgência de um acordo global para reduzir a poluição causada por dejetos plásticos.

O WWF, com base nos dados do Banco Mundial, analisou a relação de mais de 200 países com o plástico e constatou que, o Brasil, o quarto maior produtor de lixo do ranking, atrás apenas da Índia, China e Estados Unidos gera, em média, aproximadamente 1 quilo de lixo plástico por habitante, a cada semana.

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Além disso, em nosso país, foi certificada a produção de mais de 11 milhões de toneladas de lixo plástico por ano, e o pior é que grande parcela deste volume termina bem longe do destino correto, isso porque, reciclamos somente 145 mil toneladas de plástico atualmente, somente 1,2% de todo lixo produzido pelo material – este é um dos menores índices coletados pela pesquisa e está bem abaixo da média global de reciclagem plástica, de 9%. Além disso, a quantidade mínima que passa pelas usinas de reciclagem ainda sofre perdas na separação de tipos de plásticos (por razões de estarem contaminados, serem multicamadas ou de baixo valor). No final, o destino de 7,7 milhões de toneladas de plásticos são os aterros sanitários. Enquanto isso, outros 2,4 milhões de toneladas são descartados de forma irregular, sem qualquer tipo de tratamento, em lixões a céu aberto.

Abaixo, uma tabela ilustra a quantidade de produção e reciclagem de plástico no mundo a partir de número em toneladas:
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Os dados são alarmantes e precisam ser revertidos de maneira emergencial. A poluição do plástico é extremamente maléfica, contamina a qualidade do ar, do solo e até mesmo, dos sistemas de fornecimento de água. Os impactos diretos têm relação a não regulamentação global do tratamento de resíduos de micro e nanoplásticos (invisíveis e olho nu) e contaminação do solo com resíduos.

Além disso, o processo de queima do material plástico libera gases tóxicos extremamente prejudiciais à saúde humana, o descarte ao ar livre polui aquíferos e reservatórios e ainda provoca o aumento de doenças cardíacas, respiratórias e danosas ao sistema nervoso das pessoas expostas.

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Os maiores vilões são, sem dúvidas o microplástico (oriundo das lavagens de roupas domésticas) e nanoplástico (muito usado na indústria de cosméticos), esses micro materiais acabam filtrados no sistema de tratamento de água das cidades e são, acidentalmente, utilizados como fertilizantes como parte do esgoto residual, por fim, essas partículas, quase sempre lançadas no meio ambiente, contribuem para a ampliação da contaminação.

O estudo do WFF também apontou algumas possíveis soluções para a elaboração de uma cadeia circular de valor ao plástico. Considerando um acordo entre cada elo do sistema (produção, consumo, descarte, tratamento e reúso), os cuidados envolvem maior orientação para os setores público, privado, indústria de reciclagem e consumidor final, de maneira que todos consumam menos plástico virgem (plástico novo) e assim, estabeleçam uma cadeia circular. Os principais pontos da proposta pedem que:

– Cada produtor seja responsável pela sua produção de plástico
Se o impacto negativo na natureza for refletido no preço do plástico virgem, os produtores encontrarão formas de utilizar materiais alternativos e reutilizados.

– Zerar o vazamento de plástico nos oceanos
O custo da reciclagem é afetado pela falta de coleta e pelos lixos misturados e contaminados. As taxas de coleta serão maiores a partir do momento em que a responsabilidade pelo descarte correto for depositada em empresas e produtores de plásticos, e não apenas no consumidor final.

-Reúso e reciclagem devem ser base para o uso de plástico
A criação de um sistema de separação que estimule as empresas produtoras a utilizarem plástico secundário amplia consideravelmente a chance de reúso.

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Vale lembrar que, antes de esperarmos que as indústrias se manifestem e que o acordo com o WFF seja realmente estabelecido, podemos fazer a nossa parte para diminuir a produção de plástico mundial com algumas atitudes simples:

Abomine os canudinhos, você não precisa deles em um mundo onde existem copos.

Falando em copos, procure utilizar sempre copos de vidro e evitar os descartáveis.

Quando for ao supermercado, leve a sua sacola ecológica ou sustentável e recuse as sacolinhas plásticas.

Escolha fraldas reutilizáveis, além de economizar dinheiro, elas pesam bem menos para o planeta.

Evite carregar os alimentos em sacolas e priorize os comercializados a granel.

 

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