De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os agrotóxicos são produtos químicos, físicos ou biológicos utilizados nos setores de produção agrícola como pastagens com o intuito de modificar a composição da flora e fauna para “preservá-las”.
Porém como todos sabem, o uso desses produtos está intimamente relacionado com problemas ambientais e, até mesmo, de saúde humana.É preciso ressaltar que, nos últimos meses, a utilização de agrotóxicos aumentou significativamente.
No mês de julho de 2019, por exemplo, o governo aprovou a entrada de mais de 51 agrotóxicos no mercado brasileiro, desses, pelo menos 17 são considerados extremamente tóxicos.
Ao todo, já foram liberados 290 pesticidas desde o início do ano, esses números resultam na maior liberação de agrotóxicos da última década em nosso país. Afinal, o índice superou a taxa de 2018, até então, apontada como a mais alta no mesmo intervalo de tempo.
Além disso, outras 559 solicitações de registro já foram cadastradas pelo governo.
Vale lembrar que, para que a aprovação de um novo produto agrotóxico seja consumada, é necessário o consentimento do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (Mapa), do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o Mapa, inserir no mercado mais produtos genéricos, elaborados a partir de moléculas já aprovadas anteriormente, é uma ação para estimular a concorrência e diminuir o preço dos pesticidas para motivar a queda no custo de produção. Ainda de acordo com o órgão, novas moléculas podem representar alternativas de controle mais eficientes e com menor impacto ambiental.
O fato é que a desculpa, – sempre presente nas conversas sobre sustentabilidade -, de que os agrotóxicos são úteis para estimular o aumento na produção agrícola está, a cada dia, mais defasada.
Afinal de contas, essa não é a única maneira de alimentar os 7 bilhões de seres humanos presentes no Planeta Terra. E, felizmente, é totalmente possível manter a saciedade de todas as pessoas sem a necessidade de envenená-las com pesticidas. Quem comprovou isso foi o estudo “Agricultura Orgânica para o Século 21” realizado pela Universidade Estadual de Washington (EUA) e divulgado na revista Nature, ainda em fevereiro de 2016.
Liderada pelo professor de Ciência do Solo e Agroecologia, John Reganold, em conjunto com o doutorando Jonathan Wather, a análise concluiu que, de fato, a agricultura orgânica poderia alimentar toda a população mundial.
Para chegar ao resultado, o relatório analisou centenas de outras pesquisas sobre o mesmo tema e buscou avaliar se a agricultura orgânica seria capaz de ser sustentável, e produtiva para as esferas econômicas, sociais e ambientais. E confirmou que, os orgânicos não são somente suficientes produtivamente para cumprir esse desafio, como também são absolutamente rentáveis, pois melhoram as condições ambientais e a qualidade de vida dos trabalhadores rurais.
O resumo do estudo detalha ainda que os sistemas agrícolas orgânicos são capazes de produzir rendimentos mais baixos quando comparados à agricultura tradicional. Porém, eles são mais rentáveis, amigáveis ao meio ambiente e fornecem alimentos iguais ou mais nutritivos do que aqueles que contêm resíduos de pesticidas.
Os pesquisadores sugerirem ainda que, para tornar a solução ainda mais viável, a melhor alternativa seria combinar a agricultura orgânica com tecnologias de plantio modernas, como rotação de culturas, gestão natural de pragas e adubação do solo a partir da compostagem.
Enfim, agora que você chegou até aqui e absorveu toda essa informação, que tal compartilhar essa matéria com seus amigos e familiares? Afinal, quanto mais pessoas souberem os benefícios dos alimentos orgânicos, menor a chance de alguém ter a saúde afetada pelo consumo frequente de agrotóxicos, não é mesmo? Vamos juntos nessa caminhada em prol da saúde humana e da preservação ambiental?
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