Dentro de casa, nas cidades, nos campos e parques o ar é o nosso maior companheiro, e, junto com ele, está a poluição, que, infelizmente, afeta todos nós de forma direta.
Embora seja fato de que o ar está a cada dia mais poluído, pesquisas recentes comprovaram alguns aspectos preocupantes sobre o que nosso ar carrega e como isso afeta o nosso corpo. E, conforme entendemos a situação atual do ar, mais percebemos que essa fonte imprescindível de vida precisa de cuidados sérios.
Afinal, sem ar, não há vida, porém, respirar ar poluído nos condena a uma vida sem qualidade, e, como consequência, a uma morte prematura. Por isso, a ONU Meio Ambiente listou cinco razões para conscientizar a população de modo a reduzir a poluição do ar presente em nossas vidas.
Confira abaixo:
O ar poluído e a precariedade da saúde pública.
A poluição do ar é uma emergência global e de saúde pública. Essa constante ameaça prejudica, literalmente, todo mundo. Desde os bebês que ainda estão em formação dentro do útero de suas mães, até os idosos em casas de repouso.
Se as fontes de poluição são diferentes nas ruas ou dentro de casa, o fato é que seus efeitos são igualmente danosos. Asma, doenças respiratórias e cardíacas são motivadas pelo ar poluído e estão entre os diversos efeitos adversos à saúde humana.
Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, cerca de 7 milhões de mortes prematuras estão relacionadas à poluição do ar – número equivalente a 800 pessoas a cada hora, ou, 13, a cada minuto.
No entanto, a poluição do ar motiva mais mortes do que muitos outros fatores de risco como a desnutrição, o alcoolismo e o sedentarismo.
A poluição está altamente relacionada à desigualdade social.
Além de todo o mal causado à população, a poluição do ar afeta, diretamente, os mais pobres. Dentro das casas, a poluição ocorre, principalmente, a partir de combustíveis e sistemas de aquecimento de alta emissão.
Ademais, combustíveis e tecnologias de cozimento e aquecimento limpos estão fora do alcance das famílias de baixa renda, sendo assim, as alternativas poluidoras são as únicas que essas populações têm acesso.
Aproximadamente 3 bilhões de pessoas dependem da queima de combustíveis sólidos ou querosene para atender às necessidades domésticas de energia. O mais revoltante é que, 3,8 milhões de seres humanos morrerão a cada ano por conta da frequente exposição aos poluentes. A ausência de conscientização sobre os riscos associados à respiração de ar poluído também contribui para intensificação do problema.
Cidades superlotadas e com muito tráfego de veículos são pontos importantes para a poluição do ar. Segundo a OMS, 97% das cidades em países de baixa e média renda com mais de 100 mil habitantes não atingem os níveis mínimos de qualidade do ar. Além do mais, cerca de 4 das 7 milhões de pessoas que morrem anualmente em decorrência de doenças relacionadas à poluição do ar vivem na região da Ásia-Pacífico.
Quanto mais baratos os combustíveis, maiores os custos.
De acordo com o Banco Mundial, a poluição do ar custa mais de 5 trilhões de dólares por ano à economia global.
Segundo estudo realizado em 2016 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), se a situação permanecer da forma como está, até 2060, os custos anuais globais de bem-estar das mortes prematuras por poluição do ar serão de 18 trilhões a 25 trilhões de dólares.
Além desses, ainda existem outros custos menos diretos que nos afetam de maneira global. Por exemplo, estima-se que o Ozônio no nível do solo reduza o rendimento das culturas básicas em 26% até 2030, o que criará ainda mais empecilhos nas questões de nutrição e segurança alimentar.
Paralelamente, se reduzíssemos a poluição do ar, poderíamos economizar até 54 trilhões de dólares em benefícios de saúde combinados. Ou seja, agir contra a poluição do ar também é uma missão para a economia.
Respirar ar puro é um direto básico
O direto a um ambiente saudável é também um ato constitucional. Isso porque, pelo menos 155 Estados são realmente obrigados, por meio de tratados, constituições e legislação a respeitar e assegurar à sociedade o direito a um ambiente sadio.
Além disso, o direito ao ar limpo também está incluso na Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e totalmente estabelecido nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – projeto global em prol da paz e da sustentabilidade.
É hora de agir!
A qualidade do ar que respiramos, depende, principalmente, das nossas escolhas diárias. Por isso, faça uma reflexão e veja o que você pode começar a fazer agora mesmo para diminuir essa ameaça à saúde e ao bem-estar
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