A globalização nos trouxe inúmeras vantagens como tratados internacionais de defesa e segurança e movimentação de capital entre países sob a forma de investimentos, mas, é inegável o quanto, junto com o fenômeno, a quantidade de lixou multiplicou-se em todo o planeta. E, entre tantos tipos de detritos, o lixo eletrônico se tornou um problema pontual, isso porque o mundo globalizado permite maior comércio de aparelhos, e, motiva, de maneira direta a intensificação da problemática ambiental.
Também conhecido como e-lixo, esse tipo de detrito engloba tudo o que é proveniente de equipamentos eletroeletrônico como celulares, pilhas, computadores, tablets, impressoras e muito mais.
Com o desenfreado avanço tecnológico, milhares de aparelhos são descartados diariamente, uma vez que, a cada dia, os consumidores querem substituir seus dispositivos por outros mais modernos, mesmo que os comprados anteriormente ainda estejam em perfeito estado.
Por parte dos compradores, é preciso começar a entender a importância do consumo consciente com urgência, devido ao grave problema que o lixo eletrônico causa ao meio ambiente, já que consome uma enorme quantidade de recursos naturais em sua produção. O processo de fabricação de um simples notebook, por exemplo, exige, em média, 50 mil litros de água. Considerando o real encurtamento de vida útil desses equipamentos tecnológicos, a tendência é que o e-lixo provoque consequências desastrosas ao longo do tempo.
Um estudo realizado pela Universidade das Nações Unidas, em conjunto com a União Internacional das Telecomunicações, constatou que, somente no ano de 2017, foram gerados 44,7 milhões de toneladas desse tipo de resíduo em todo o mundo, a previsão é de que, até 2021, este número cresça 17%.
Só em São Paulo, anualmente, são produzidos 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico que, graças aos ciclos de reposição cada vez menores, são constantemente descartados e já representam 5% de todo o lixo gerado pela humanidade. Infelizmente, quem paga o preço deste consumismo progressivo é o meio ambiente.
Os aterros sanitários que, até então, já recebiam uma quantidade exorbitante de lixo comum, agora passaram a abrigar também as substâncias perigosíssimas do lixo eletrônico como cádmio, berílio, mercúrio e chumbo, que, quando queimados, contaminam a água do subsolo, além de o próprio solo e a atmosfera. Outro fator alarmante é que muitos desses minerais são considerados cancerígenos e causam sérios danos à saúde humana.
O Chumbo, por exemplo, é prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso, o Níquel causa irritação nos pulmões e o Mercúrio danifica o fígado e causa distúrbios neurológicos como tremores, vertigens, irritabilidade e depressão.
O fato é que o problema está se alastrando e ações devem ser tomadas imediatamente antes que os estragos sejam irreversíveis. Contudo, muitas empresas estão tentando frear esta situação por meio de programas de reciclagem que consistem em reutilizar peças antigas para a fabricação de novos aparelhos, mas ainda assim, é preciso considerar a ausência de uma legislação que estabeleça o destino correto para a sucata digital, ou, que responsabilize os fabricantes pelos descartes.
Alguns países desenvolvidos já contam com centros específicos para reciclagem de e-lixo. No Brasil, foram adotadas medidas diferentes, como motivar a procura por centros de reciclagem autorizados ou instituições que trabalham com população carente e recolhem equipamentos eletrônicos para auxiliar na inclusão digital, estejam eles funcionando ou não. Apesar disso, sabemos que, essas medidas, desacompanhadas, não serão suficientes para deter a enorme e crescente quantidade de lixo eletrônico. Por isso, cabe a nós, consumidores começarmos a agir em prol do meio ambiente e pensarmos em maneiras efetivas para a devida reciclagem do e-lixo.
O primeiro passo é, sem dúvidas praticar os 3 R’s: reduzir, reutilizar e reciclar esses aparelhos. Ademais, também cabe a nós, compreendermos que nem sempre é preciso nos rendermos ao mercado e acompanharmos o ritmo inesgotável das novas tendências e produtos, afinal, o consumismo supérfluo é extremamente prejudicial ao Planeta Terra. Isso porque, ainda que você compre hoje um produto que acabou de ser lançado, amanhã poderá se arrepender pois aparecerá outro mais moderno e com novas funcionalidades.
Agora que você já sabe sobre os perigos do lixo eletrônico, nós, da Vegano Shoes, deixamos algumas dicas para que você possa se desfazer de um aparelho indesejado sem prejudicar o meio ambiente.
Reutilizar: É possível utilizar os componentes de alguns produtos para aprimorar outros. Existe também a possibilidade de criar novos produtos a partir da reutilização equipamentos antigos.
Redução: Que tal aprimorar o seu aparelho eletrônico ao invés de comprar um novo?
Doação: Seu dispositivo não atende mais às suas necessidades? Doe! Com certeza pessoas carentes ou instituições de caridade farão bom proveito.
Reciclagem: Alguns materiais encontrados nos equipamentos como metal, plástico e vidro podem ser reaproveitados desde que sejam descartados corretamente.
Gostou das dicas? O que você acha que pode ser feito para barrar a quantidade de lixo eletrônico? Deixe a sua opinião para nós nos comentários!
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